quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A IDEIA DE TRANSFERIR O SOFRIMENTO


Ela Cresceu Mulher.
Desde cedo panelas e bonecas imitavam-se em brinquedos.
Ele cresceu homem.
Desde cedo carros e armas imitavam-se em brinquedos.
Dois grandes papeis definidos, com abstratas leis/morais
Padrões de roupa, padrões de beleza.
Inclusão ou Exclusão
Em diferentes formas de se relacionar
Em diferentes repressões sexuais
Há Incluídas e Incluidos
Há Excluídas e Excluídos
Há quem gaste tanto em roupas, acessórios e cirurgias
Há quem morre de fome e frio no barraco inundado numa noite chuvosa.
E os Incluídos numa categoria podem ser excluídos em outra
Incluídos na classe média ou na classe alta
Que sejam excluídos sexualmente
Ou reprimidos sexualmente
Rejeitados ou dentro de um Armário Moral
Quanta dor um caráter reprimido causaria?
Quanto sofrimento a auto-coagida-repressão causaria?
Comporta-te assim
Faz assim
Não seja desse jeito
Causa dor? Causa tristeza? Causa raiva?
Mas a raiva é reprimida?
As causas são ignoradas?
Resta apenas a aceitação de tudo como é
E uma dor latente e invisibilizada
Essa dor é água, sentimento coagulado no corpo
Má água, mágua
E ela toma a lógica dos julgamentos
O cão violento treina-se com violência
Batem mas depois cuidam e dão comida
E ele se acostuma a sofrer e a atacar os outros
Se eu sofro os outros devem sofrer
É a lógica?
Então, idosos, ou pessoas de meia idade, ou jovens excluídos sexualmente e que tenham sofrido bullying
De qualquer classe econômica, mas em geral classe média e alta
Foram, são, excluídos, nas etiquetas morais
Excluídos na frustração de serem julgados em escalas
Corpo Físico, Mentalidade, Atitudes, Histórico...
Esse excluído é ressentido.
É a pessoa que, se tivesse condições de mudar
Deixaria de ser vítima para passar a ser carrasco
Diferente de uma visão humilde e empatia pelos que sofrem
Há um egoísmo, individualismo, no excluído ressentido
Então, se o excluído ressentido tem raiva, ele fará o que aprendeu
Ele vai, em coação e coerção, reprimir os outros que sejam "livres"
Níveis de liberdade moral, níveis de liberdade em ser o que se é
Níveis de liberdade de expressão
O excluído ressentido, muitas vezes reprimido sexualmente, outras vezes reprimido por lógicas do sistema que se vive, desejará reprimir os outros
O excluído, reprimido, ressentido, tentará reprimir o liberto.
Esse é o ponto; a síntese do meu argumento.
E essa massa de gente ressentida é muito mais facilmente manipulada por discursos e narrativas. Capturar o ódio, o ressentimento, e o desejo de reprimir - e matar?
Julgo que isso seja a "Pulsão de Morte".
Em antítese à vontade de viver, de aprender, de aceitar, de acolher.
Que seriam decorrências da energia vital de criação.
E a pessoa pode, ainda, manifestar criação sincera mas uma coação repressiva imposta por sua vivência em sociedade.
Vou citar um exemplo tragicômico, polêmico mas que pode ser bem adequado: O "Ex-Gordo" que se torna um grande "gordofóbico". Pois ele sofria exclusão em certos padrões de magreza e, após se tornar magro, passa a impor essa exclusão a outras pessoas que estejam com obesidade. É o oprimido tornando-se opressor, e nesse caso nem mesmo é em classes econômicas, mas sim dentro de uma classe econômica - pois há muitas escalas morais a ser incluído ou excluído.
Então, vai ficando esteriotipado observar o público de pessoas em diferentes manifestações. Os padrões vão confluindo com esta análise que aqui proponho.
Então, para mim, também significa que a capacidade de compreensão racional sobre a vida em sociedade (entender sociologia, economia, política...), bem como a capacidade emocional de lidar com estes processos de inclusão e exclusão (resiliência...), moldem a personalidade e a interação social das pessoas.
Se sofremos uma exclusão mas temos boa capacidade de análise
Se entendemos a lógica na qual estamos inseridos
E/Ou
Se temos bom equilíbrio emocional para lidar com tudo isso
Então acredito que nos tornamos mais libertos
E desejaríamos assim a liberdade para todos

quarta-feira, 24 de março de 2021

A NUTRIÇÃO DOS FLUXOS

 Água e Lipídios não se misturam.


Na origem física, somos células. Bolhas aquosas polares recobertas de camadas de lipídios apolares.

Em nossa nutrição, ingerimos e geramos uma infinidade de moléculas, que podem ser observadas em relação à sua massa molecular e à sua polaridade.

Observei e interpretei que nosso corpo apresenta dois grandes grupos de fluxos moleculares: o fluxo polar e o fluxo apolar.

O Fluxo Polar é mediado diretamente por diversas proteínas. Proteínas hidrolisantes durante a digestão  (ex.: pepsina), proteínas de canais celulares para absorção (ex.: GLUT5), proteínas transportadoras no sangue (ex.: albuminas), proteínas endócrinas no metabolismo (ex.: insulina), etc…

Isso se deve ao fato de que todas as membranas orgânicas apresentam elementos apolares, e isto impossibilita a entrada de elementos polares nas células.

O Fluxo Apolar caracteriza-se por processos de absorção inicial mais facilitada (mas diferentes epitélios apresentam diferentes formas de absorção, ex.: Pele, Intestino, Pulmão...). O Fluxo Apolar acontece no sistema linfático, na constituição das membranas de cada célula do corpo, na bile e na circulação entero-hepática, nos tecidos do sistema nervoso e na constituição do sistema ósseo.

Observando uma bioquímica que envolvesse conceitos do Taoísmo, o Fluxo Polar seria mais Yin, transportando a água, mais constitutiva, e o Fluxo Apolar seria mais Yang, transportando lipídios, mais energético.

BUSCANDO O AMOR ATRAVÉS DO CUIDADO

Atitudes reais e a semiótica foram usadas para ensinar a cada grupo de pessoas a quem elas devem odiar, e diante desses véus, as pessoas se confrontam entre si e causam a morte por guerra - e isso é um retrocesso humano terrível.
Milhares de seres humanos perdendo sangue ao meio.
Mesmo as almas mais desumanas, quando encarnadas, estão sob a forma humana.
Após definirmos o que é humanidade, é extremamente triste ver a humanidade se auto-destruir, seja da forma que for. Temos capacidades Espirituais, Sentimentais, Racionais, Materiais, de construirmos um mundo em paz orgânica.
Poderíamos cuidar das pessoas, com cuidado à saúde, e cuidarmos da nossa terra, com agro-ecologia.
Mas há essa força da destruição da vida, que até parece alienígena - mas ao mesmo tempo, tão humana. A super-valorização de coisas e a des-valorização da vida.
Afinal, nós construímos o que é ser humano. E por observarmos esta gigantesca semelhança entre todos nós, é que tentamos preservar nossa existência perene neste mundo. Para preservar muito daquilo que consideramos humano, nossa atitude perene é melhorar o mundo para as próximas gerações humanas. Nossas comunidades, nossas famílias, nossos amores.
Estamos vivendo numa época onde grandes projetos parecem estar tornando-se efetivos e visíveis. Grandes Coisas Emergindo das profundezas da Realidade Percebida.
Estamos nesse turbilhão de interesses. Recursos observados. Pessoas vigiadas. É o mundo real. Complexo e doloroso de ser vivido.
Se não for através da energia do amor, que me motiva a trabalhar para ajudar a vida das pessoas, eu não teria mais sentido nessa vida. Eu preciso querer amar a ideia de que as pessoas podem construir um mundo melhor, com saúde, respeito mútuo, organização.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

O EXERCÍCIO MENTAL DOS CORPOS DE BARRO


A graduação de cores que você enxerga começa a diminuir. Você vai enxergando cada vez menos cores... tudo que é amarelo, vermelho, marrom, laranja... parece ser da mesma cor. Em algum momento, parece que você só enxerga um gradiente de cinza, entre claridade e escuridão.

Agora você não enxerga mais as cores. E agora, pense em cada objeto que você enxerga.

Imagine que tudo que você enxerga começa a perder o sentido. Seus olhos começam a deixar de perceber as nuances entre cada objeto. E o significado de cada objeto começa a se esvaziar em sua mente. A parede, a janela, a mesa e a cadeira, começam a parecer a mesma coisa. Todos os objetos parecem ser feitos da mesma coisa.

Depois, você enxerga algum animal. Um cachorro, um gato. Você enxerga suas próprias mãos. Você enxerga a areia, a terra no chão. E tudo começa a parecer feito do mesmo material que todos os objetos que você enxergava.

Não há mais cores. Objetos, plantas, animais, e seu próprio corpo, todos parecem ser apenas BARRO.

Esvaziando sua mente dos signos, dos significados, dos símbolos, da semiótica, só resta barro. Barro inerte no solo, e barro animado dos animais.

Mas você não perdeu a consciência. Você perdeu a visão que sempre teve sobre tudo, mas agora você começa a formar um novo entendimento sobre tudo.

De repente, você começa a perceber que no barro que forma tudo há padrões. Você começa a perceber, de alguma forma inexplicável, os átomos que compõe tudo. Você sente cada elemento químico.

Você percebe o carbono naquilo que algum dia você relacionou a uma ideia de cadeira, parede e janela. Você percebe o carbono naquilo que você chamava de planta, animal, e naquilo que você chamava de corpo.

Agora, você só enxerga os elementos químicos, os átomos.

TUDO PARECE SER BARRO.

Você enxerga apenas tons de cinza, o discernimento sobre os objetos que você aprendeu ao longo da vida não existe mais. Você enxerga a luz sendo refletida no barro, gerando uma graduação de entre claridade e escuridão. Mas as cores desaparecem. Essa graduação é apenas como o branco, os tons de cinza e o preto.

Você percebe os átomos da matéria. E você começa a perceber que existe barro que parece móvel e desorganizado. Mas existe barro imóvel e organizado, e até mesmo barro que tem movimento e é organizado.

Você começa a perceber que, olhando para baixo, em direção ao centro do planeta, aquilo que antes você chamava de chão, parece ser matéria densa e dissolvida. E há coágulos organizados. Você não tem mais a abstração sobre o que seriam células, bactérias, mas você sente isso. Você sente que o carbono, o nitrogênio, o oxigênio, estão organizados de forma muito complexa.

Você conhece bolhas compostas por carbono, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio. E você ainda consegue sentir e diferenciar a água, algo que parece essencial. Você percebe que estas bolhas carbônicas carregam água. E essa água carrega potássio, magnésio, sódio, cálcio, ferro...

Você percebe que há barro desorganizado e dissolvido, e há barro organizado e coagulado. Você percebe que no universo a matéria solve e coagula.

Você começa a perceber o fenômeno do fogo. Reações entre os átomos que parecem liberar energia. Energia na forma de calor. Exotérmicas. Você não lembra mais da fogueira, que queimava um combustível carbônico na presença de oxigênio, oxidando o carbono em dióxido de carbono e os metais em cinzas. Mas você sente isso nos coágulos de barro organizado.

Você percebe as bolhas de terra, carbono. Você percebe que elas contém água. Você percebe que elas tem reações de produção de energia, muitas vezes energia térmica, calor.

E algo está dissolvido acima do solo. Você sente aquilo que um dia você chamou de ar, vento. Você compreende como matéria menos densa. Átomos mais leves. Gases. Seus núcleos estão menos próximos um do outro. Eles dificilmente estão organizados. E esses gases interagem com o barro organizado que contém água e gera fogo.

Você enxergou o universo dissolvido, sem formas, sem símbolos.

Você enxergou o universo se coagulando, de forma organizada.

Você enxergou que essa organização de matéria densa é a terra, misturada com água, como o barro.

Você enxergou que o barro, terra e água, interage com os gases do ar, e gera fogo. O fogo do metabolismo. A chama da vida.

Você conheceu os 4 elementos. E você é o observador deste universo. Você tem a alma que se separou do universo, mas que segue sendo o universo. O universo olhando para si mesmo. É sua alma. O quinto elemento. Que reside no inexplicável Éter.

Você enxergou Terra, Água, Ar, Fogo, Éter.

E estas 5 grandezas parecem formas os 5 novos símbolos da sua mente. Você imagina algo bidimensional. Um círculo. E na volta deste círculo existem 5 pontos, representando cada um destes novos símbolos que você identificou no universo, que representam 5 aspectos da matéria coagulada e organizada, aquilo que poderiam chamar de vida.

Você une estes pontos do círculo, imaginando um pentágono e ao centro uma estrela de 5 pontas. Você visualizou um pentagrama.

AGORA RETORNE À SUA REALIDADE!

Você enxergou o universo em tudo, solvido e coagulado. A vida com seus 5 aspectos, formando uma estrela bidimensional.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

A VIDA INSISTE


A cada novo dia, desperto com a luz do sol na janela. Matutino, ouço o cantar dos pássaros e observo as plantas crescendo - insistindo em crescer, nas frestas entre-concretos urbanos.
O antigo riacho tornou-se valão. Aquela água que beberam agora é esgoto. Na terra jaz uma viga metálica que sustenta caixas-moradias humanas.
O consumo artificial gera lixo artificial, e a vida, sob artifício humano, tem sua lógica modificada. Roedores selvagens dão lugar a ratazanas de esgoto. Pombas e Pardais convivem com aves selvagens. Gatos trazidos para cá, abandonados à própria sorte em praças, simbolizam o antigo Egito civilizatório pré-colonização-europeia.
Nesta vida, neste corpo, nesta era, Eu enxergo humanos-excluídos, ratazanas e lixeiros, disputando o lixo de humanos-incluídos. Há coisas que seguem quase iguais.
- Mas o sol segue brilhando. O vento segue vivo, e em tempestades ele segue cantando. A chuva segue caindo - talvez mais tóxica que outrora. A vida segue. A vida insiste em viver! -
Eu enxerguei Osíris em minha mente. Minha mente que mente. Mente muito, por sinal. Mentiras-ou-verdades me conectam com Deuses. E o Deus-dos-Mortos está presente em minhas visões.
Osíris mostra que a ganância e a inveja humana profanaram seu corpo - aprisionaram, cortaram. Agora ele observa os humanos estando em seu sub-mundo, aguardando cada um morrer para avaliar corações. A natureza violentada na vida, ainda existirá após a morte.
Você não acredita em mitologia? É cético ou Ateu? Não tem problema! Os vermes estão aí para todos! Carnes e Ossos serão um banquete ao submundo! Daquele que veste e se reveste restará apenas memória, após putrefar e ser engolido por vermes. E que memória restará após sua morte?
Converso com os Deuses. Eles me chamam nos meus sonhos. Pode ser loucura. Podem ser arquétipos, desce inconsciente coletivo da humanidade. Sinceramente, não me pré-ocupo em responder isso.
Agora, meu papo tem sido com Osíris e Obaluayê.
Deuses da morte e e observadores da pestilência, despertos num mundo cinza, concreto, metálico. A terra coagulada em fogo, que gera o metal. O carbono queimado em fogo, que gera movimento. Observamos uma roda-da-morte girando rapidamente.
Estes Deuses colocam um filme para eu assistir. E neste filme...
Eu enxergo um enorme e antigo teatro humano. Os atores mudam seus figurinos conforme as eras. Os objetos em cena sinalizam a era tecnológica, cada dia mais des-envolvida da natureza.
Mas o drama segue igual. Chicotes, venenos, hipnóse-por-símbolos. Uma grande massa de mortos-vivos que facilmente repete discursos sem pensar.
Após sonhar com Deuses-da-Morte, eu desperto novamente.
Os raios de sol atravessam o vidro da minha janela. O vento balança os ramos das minhas folhagens. Os pássaros insistem em cantar.
Eu sei que todo o Drama humano faz parte de um grande espetáculo universal, e que nosso sofrimento coletivo um dia terminará. Neste mundo, por muitas eras, ainda haverá vida e morte. E é no sub-mundo que eu ainda consigo ter alguma esperança de justiça.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A IGNORÂNCIA ARROGANTE


De um lado os que tudo sabem, navegando em suas pseudo-verdades.
Do outro lado, os que tudo julgam, limitando contextos em indivíduos.
Os que não vivenciam, mas menosprezam a experiência de quem vive.
E os que vivem, mas não entendem sua própria experiência.
O outro torna-se objeto a ser julgado.
O "eu" torna-se o centro.
O caminho ao "todo" é completamente ignorado ou menosprezado.
Já venceu, o pensamento divisionista.
Já venceram, os que dizem saber mais, mas sem nunca estudar.
Já venceram, os ternos-e-gravatas cobrindo pessoas vazias.
Já venceram a aparência, a arrogância, e o desprezo pela humildade.
Regozijam-se os tolos. Impõe-se com gritos. Insultam o alheio sem entender, e desta forma se sentem superiores.
E diante disso, conquistam o espaço público da fala. Verborragias rasas. Egos expandidos. Divididos na normalidade da ignorância.

ARMAS E MASCUNILIDADE


O que é "ser homem"?
Ser um pai? Um provedor? Ter um bom salário e sustentar mulher e filhos?
Ser "macho"? Ser agressivo e "não levar desaforo para casa"? Defender seu patrimônio?
Ter um pênis grande, grosso, comprido e duro?
Transar como um animal?
Ter poder político e social? Estar em algum clube?
Comer carne e desvalorizar a vida do animal morto?
Ser insensível diante da tristeza? Nunca chorar?
E se alguma dessas características falhar? E se o sujeito, que quer "ser homem, que buscar "ser homem", sente que está sendo "menos homem"?
Ele pode ficar triste... mas tristeza, depressão, angústia... isso é "coisa de veado". E homem não é veado.
Então, estando frustrado, estando triste, mas não podendo demonstrar isso, resta a RAIVA. A tristeza da frustração se manifesta em raiva. Destruição. E os alvos podem ser ensinados por quem manipule esses homens frustrados.
Compram um PINTO-DE-METAL. Um CANO. Um FERRO. Que ejacula projéteis. Que se impõe com metal quente e veloz.
É a mascunilidade explosiva.
É o fazendeiro brega, de mal gosto, frustrado, em sua camionete importada, que odeia índios e agricultores pobres.
É o cidadão-de-bem de classe média, meio brocha, meio cansado de ser explorado, mas que não entende nada sobre sua condição de classe.
É o jovem homem, de 20 e poucos anos, de classe média ou classe rica, que é rejeitado socialmente por qualquer motivo, e ao invés de procurar ajuda psicológica e humildemente reconhecer eventuais erros, prefere se impor pela agressividade.
É o trabalhador que não suporta mais ser explorado por um sistema enorme, que ele não entende. Ele apenas enxerga o favelado assaltando o seu carro, e ele deseja reagir com violência.
Essas pessoas, circulando nas ruas, podendo legalmente portar duas armas. Alguns, entusiastas, poderão ter arsenais de 60 armas. E poderão comprar mais de 5000 cartuchos de munição.
Nenhum deles reflete sobre classe social. Sobre desigualdade social. Sobre sua ideia ilusória de mascunilidade. Tudo isso já está normalizado.
A solução, diante de tamanha ignorância e agressividade, é matar.