terça-feira, 22 de setembro de 2020

RELAÇÕES AFETIVAS CONTEMPORÂNEAS


Eu já escrevi sobre isso anteriormente, e minha opinião segue praticamente igual.
Nossas vidas são repletas de problemas. Nossas mentes funcionam como se o mundo fosse um lugar repleto de coisas a serem consumidas.
Serviços, objetos, momentos, experiências, sentimentos... consumíveis.
Festas, vida social, redes sociais, aplicativos de encontro...
Conhecemos alguém, nos relacionamos brevemente, e independentemente se foi ruim ou se foi maravilhoso, parece que sempre é efêmero.
Reclamamos da solidão mas nos acostumamos com ela. Buscamos relações de sexo casual onde não precisemos abrir nossos corações por completo.
Com o tempo, machucamos os outros e somos machucados. Vamos ficando frios. As antigas idéias de amor romântico se misturam à realidade das relações rápidas. E no meio-termo buscamos em vão alguma relação aberta (difícil de encontrar) onde ambos possam se relacionar sexualmente com outras pessoas, mas mantendo um vínculo afetivo exclusivo.
No fundo, no mundo dos jogos de poder, dos jogos da vida onde há vencedores e perdedores, as relações humanas viraram um jogo.

Conheça, fique, transe. Permaneça firme. Demonstre afeto, mas sem excessos. Nesse jogo, quem começar a gostar da outra pessoa primeiro, sai perdendo. E os vencedores são os que têm a frieza de cultivarem sua solidão independentemente de quantas pessoas tiverem transado. 

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